Abra a porta!

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele Comigo.”
Apocalipse 3.20

domingo, 14 de agosto de 2011

Sigamos até lá!


O capítulo 62 do livro “Pão Nosso”, de Emmanuel e Chico, trata do exemplo de bondade e amor de Jesus para os homens. Jesus dedicou toda sua vida para nos servir, a servir à humanidade: servir a todos, sem distinção.

Sabemos que o homem eleva-se com Jesus, e que assim sua vida tem sentido. Só atingimos a vida plena de harmonia e beleza através desse entendimento.

O capítulo inicia com as seguintes palavras: “O Mestre desceu para servir” e ponto. Dedicou-se a servir de exemplo de amor, caridade e fraternidade, ou seja, veio para nos mostrar como podemos chegar a Deus através do seu exemplo.

No entanto, Jesus poderia ter vindo como rei e desfrutado das melhores coisas da vida, poderia apenas ter passado por aqui para verificar como estávamos nos desenvolvendo, mas Jesus decidiu se envolver.

Poderia ter orientado os espíritos sobre o trabalho a ser feito. Poderia ter vindo em espírito e intuído outros homens sobre como gostaria que tudo fosse realizado, poderia ter permanecido divino.

Contudo, ele decidiu nos dar o exemplo, decidiu que iria nos mostrar como ele gostaria que fôssemos uns com os outros, como deveríamos interagir, quais as virtudes que deveríamos cultivar para voltarmos em paz para a espiritualidade.

Nem todos nós, à época, entendemos seu exemplo e, ao não entendermos, fizemos aquilo que sabíamos fazer: desconfiamos, negamos suas boas intenções, nos omitimos quando fomos chamados a servir.

Na época, muitos acharam que Jesus pedia demais, pedia algo impossível de ser feito, mas ele só pedia que nos amássemos e amássemos nosso próximo como a nós mesmos. Jesus só queria que o AMOR tomasse seu lugar em nossas vidas.

Não estávamos preparados para nos despir de nossas vaidades, de nossas riquezas materiais, de nosso status social apenas para servir ao próximo sem esperar nada em troca.

Quando Jesus disse: “vem e me segue”, ele quis que entendêssemos o seu convite: “Vem e segue o meu exemplo. Faz o que eu faço. Ama como eu amo. Ajuda como eu ajudo. Te doa, como eu me dôo.

Não importa como será o dia de amanhã, nem como foi o dia de ontem. Age com tranquilidade, ajuda teu irmão e não fica esperando retorno. Não ajuda só pelo teu próprio benefício, pois a tua recompensa virá a seu tempo.

Trabalha para o bem sem esperar nada em troca.” Todos precisam de ajuda. Todos precisam de amor. Todos precisam de Jesus.

Jesus poderia ter vivido uma vida serena e tranquila, sem necessidades, mas escolheu viver entre nós para que a gente pudesse entender que é possível chegar junto a Deus, mas precisamos trabalhar para merecer isso.

Jesus nos convida todos os dias, a cada despertar, a seguirmos o seu exemplo de amor e caridade. Pensemos neste convite com carinho, pois Jesus fez tudo o que pôde para entendermos o que Deus quer de nós: entregou sua própria vida para servir de exemplo.
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Texto baseado no capítulo 62 do livro "Pão Nosso", de Emmanuel e Chico Xavier.
Palestra do dia 05 de agosto de 2011 na Sociedade Espírita União Porto-Alegrense, realizada pela autora deste post.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cura e equilíbrio espiritual

Figura disponível no Site Terra Mulher: http://vilamulher.terra.com.br/.
O capítulo 44 do livro “Pão Nosso”, ao abordar o contraste entre a cura física e a cura espiritual, nos faz refletir sobre o duelo individual que cada um de nós trava consigo na busca pelo aperfeiçoamento do espírito. Ao abordar a saúde do corpo e a saúde da alma, Emmanuel enfatiza a importância de buscarmos o equilíbrio físico e espiritual para alcançarmos a cura de fato e, dessa forma, não tornarmos a adoecer.

Emmanuel cita o exemplo de Jesus, que curava os enfermos e recomendava aos seus discípulos que fizessem o mesmo. Aos curados, dizia: “teus pecados estão perdoados”, reforçando esse entendimento da relação que corpo e espírito possuem. Jesus dizia aos seus apóstolos: “Curai os enfermos”, e completava “anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus” (Lc. 10-9).

As preocupações, mesmo que inconscientes, se manifestam no nosso corpo físico através da doença, que tem o papel de terapia para nosso espírito. Estar doente significa que nosso corpo físico nos avisa de que algo não vai bem conosco e que precisa de tratamento; contudo, muitas vezes tratamos apenas os sintomas – a febre, a dor nas costas, a ansiedade – e ignoramos suas causas. Ao curarmos as consequências da doença – os sintomas –, é comum nos darmos por satisfeitos e tomarmos o problema como resolvido; contudo, por certo adiamos a reflexão e a busca pela solução que nos levará mais um passo em direção ao equilíbrio entre corpo e espírito.

É claro que nosso corpo precisa estar em equilíbrio com nosso espírito, e aqui neste planeta temos a oportunidade de passar por dificuldades para entendermos o valor daquilo que nos cerca e a importância de nos mantermos saudáveis física, psicológica e espiritualmente. Aqui, neste planeta, temos a oportunidade de aprender com estes “remédios para a alma” que as enfermidades representam.

Sabemos que há enfermos que apenas reclamam de suas condições de saúde, e que apenas desejam que sua vontade seja realizada: anseiam pela cura dos seus corpos e desviam-se da reflexão sobre suas vidas. Contudo, devemos ter em mente que, se Deus nos permite a cura, é por Sua vontade, é uma oportunidade valiosa que Ele nos dá para que possamos mudar nosso padrão de pensamento e tratarmos das causas das nossas enfermidades.

Assim, sabemos que é bom curar a doença – se o Divino assim nos permitir –, mas o doente também deve aproveitar a oportunidade valiosa para curar seu espírito e livrar-se dos maus pensamentos e maus costumes. Quando nos for concedida a cura, devemos agradecer Àquele que concedeu a misericórdia divina e examinarmos nossa consciência, a fim de eliminarmos os maus pensamentos e retomarmos o caminho do bem.

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Texto baseado no capítulo 44 do livro "Pão Nosso", de Emmanuel e Chico Xavier.
Palestra do dia 01 de abril de 2011 na Sociedade Espírita União Porto-Alegrense, realizada pela autora deste post.